05 fevereiro 2011

Olá Companheiros!

Por: F. Santa

Os anos passaram e cá continuamos nós a contar a nossa odisseia por terras do Ultramar, mais propriamente por terras de Moçambique. Éramos jovens, todos com o sangue na guelra (como se costuma dizer) e uma vida pela frente, vida que nos foi cortada por uma guerra imposta sem qualquer sentido e que acabou por dizimar parte de uma juventude, que tanto tinha para dar à verdadeira Pátria que os tinha visto nascer. Estamos em 2011. Comemoramos este ano os 50 anos do início da guerra do Ultramar, não é uma data para se acenderem velas, mas antes para se reflectir no que aconteceu. Na nossa memória estarão para sempre os nossos companheiros, que em qualquer das frentes de guerra, pagaram com a própria vida o preço de uma guerra injusta. Não nos podemos também esquecer dos que ainda se encontram entre nós e são o espelho daquilo que se sofreu, os que ficaram DEFICIENTES. Nem de todas   mulheres que ficaram viúvas, tanto dos que faleceram lá como daqueles a quem a sua deficiência também levou. É ainda importante lembrar as mulheres que ao longo dos anos souberam zelar por aqueles que até hoje lutam com a sua deficiência, e ainda  aqueles que não sendo deficientes ainda hoje sofrem no corpo as mazelas deixadas pela guerra. Depois de tudo o que disse, só espero que os nossos governantes não nos abandonem até ao fim das nossas vidas, pois ainda há pouco tempo foi dito pelo governo que “nós somos a prioridade das prioridades”. Assim seja!
Companheiros, aqui vão mais duas fotos. Na primeira, segundo sei, é o João Correia (falecido), o cabo H. Rodrigues e o Cabrita. Na segunda, são oito algarvios no campo de futebol do Lione. Quem os identifica?

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Para todos um abraço do Santa.


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